Vitamina D: o que é, para que serve e principais fontes e alimentos | Blog Nutrify

Vitamina D: o que é, para que serve e principais fontes e alimentos

A vitamina D é considerada um importante pré-hormônio, e é produzida em nosso organismo através da pele quando esta é exposta à radiação dos raios solares ultravioleta (UVB), podemos também obter vitamina D através da ingestão de alimentos fonte dessa vitamina. Atualmente estima-se que pela rotina do dia a dia, hábitos alimentares e estilo de vida, podemos não alcançar a quantidade mínima necessária de vitamina D, portanto se faz tão importante que a sua concentração no sangue esteja em níveis adequados para o equilíbrio e a manutenção da saúde.

Para que serve a vitamina D?

A vitamina D participa de diversos processos metabólicos, e a sua principal função é na regulação da concentração e absorção do cálcio e do fósforo pelo nosso organismo, atuando desta forma na prevenção e combate a várias doenças. Ela desempenha importantes funções no organismo tais como: 

Prevenção de diabetes

Níveis baixos de vitamina D podem comprometer a função das células beta no pâncreas, que é o órgão responsável pela produção e liberação de insulina, e por regular os níveis de glicose no sangue.

Fortalecimento do sistema imunológico

Atuando na regulação do sistema imunológico, ajudando a aumentar as defesas do organismo no combate a doenças e infecções.

Vitamina D: o que é, para que serve e principais fontes e alimentos | Blog Nutrify

Fortalecimento dos dentes e ossos

Aumenta a absorção de cálcio e fósforo, minerais essenciais para a construção e manutenção da saúde óssea.

Melhora da saúde cardiovascular

Ajudando no controle da função cardíaca e da pressão arterial através da regulação do crescimento das células musculares lisas contráteis presentes no coração.

Vitamina D: o que é, para que serve e principais fontes e alimentos | Blog Nutrify

Melhora o fortalecimento muscular

A vitamina D favorece o aumento da força muscular preservando as fibras musculares, ajudando a prevenir as quedas e fraturas especialmente em idosos.

Diminuição da inflamações no organismo

Auxilia na prevenção do desenvolvimento de doenças autoimunes, como artrite reumatoide, doenças inflamatórias intestinais, tireoidite de hashimoto e psoríase.

Vitamina D: o que é, para que serve e principais fontes e alimentos | Blog Nutrify

Liberação de insulina pelo pâncreas

A deficiência de vitamina D pode levar à diminuição da secreção de insulina pelo pâncreas, pois a vitamina D estimula a entrada de cálcio para o interior das células, aumentando, assim a resposta insulínica ao estímulo da glicose, diminuindo desta forma a resistência à ação da insulina. 

Qual é a diferença entre as vitaminas D2 e D3?

Podemos encontrar a vitamina D em duas diferentes formas, a vitamina D2 (ergocalciferol) que é produzida pelas plantas e pode ser encontrada em vegetais e fungos, como cogumelos e leveduras, e a vitamina D3 (colecalciferol) que é produzida no corpo humano através da exposição solar, e pode ser encontrada também em alimentos de origem animal como gema de ovo, leite e seus derivados

Principais fontes de vitamina D

Estima-se que de 80% a 90% da vitamina D do nosso corpo seja adquirida através da pele mediada pela exposição aos raios solares, portanto a importância de tomar sol diariamente.

Muito se falava que para obter a vitamina D através do sol, nós deveríamos tomar sol sem o protetor solar por alguns minutos para a melhor absorção da Vitamina D, porém um estudo recente da Sociedade Brasileira de Dermatologia apontou que a utilização do protetor solar + exposição leve ao sol não afeta a capacidade de absorção de Vitamina D através da pele. 

A indicação dos melhores horários para tomar sol é antes das 10 h ou após as 16 h, sempre com auxílio do protetor solar, o intervalo para pessoas de pele clara é de 15 a 20 minutos, e para pessoas com pele negra, o indicado é de 30 a 40 minutos, isso porque a pele negra tem maior incidência de melanina, dificultando a absorção dos raios solares. 

Além da exposição solar, podemos obter a vitamina D através da ingestão dos alimentos como o óleo de bacalhau, salmão, atum, cavala, sardinha, cogumelos, gema de ovo, fígado, manteiga, leite e seus derivados.

Qual é a quantidade diária recomendada de vitamina D?

A recomendação de ingestão diária varia de acordo com a idade e estágio de vida, para a população em geral de 1 até 70 anos a recomendação é de 15 mcg, para adultos acima dos 70 anos a recomendação é de 20 mcg. 

Para crianças de 0 a 12 meses a recomendação é de 10 mcg e para gestantes e lactação (amamentação) a recomendação é de 15 mcg.    

Como medir a quantidade de vitamina D?

Podemos medir através de um exame de sangue chamado 25 OH D, este exame avalia os níveis séricos da vitamina D existentes em nosso organismo que podem ser provenientes da exposição solar e/ou alimentação e suplementação. É importante a realização deste exame para saber se há deficiência ou excesso da vitamina D.

Segundo a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, são considerados níveis normais valores superiores a 20 ng/mL para os indivíduos saudáveis abaixo dos 60 anos, e para indivíduos acima de 60 anos e grupos de risco como idosos, gestantes e pessoas com comorbidades entre 30 e 60 ng/mL. 

Valores entre 10 e 20 ng/mL são considerados inadequados com maior probabilidade de perda de massa óssea, aumentando os riscos de osteoporose e fraturas e valores menores que 10 ng/mL há risco de desenvolvimento de  doenças como o raquitismo e Osteomalácia.

Valores acima de 100 ng/mL podem ocorrer devido a superdosagens de suplementos e/ou medicamentos, são considerados elevados apresenta risco de toxicidade e hipercalcemia (quantidade de cálcio no sangue maior do que o normal).

O que acontece em caso de deficiência de vitamina D?

A deficiência de vitamina D pode provocar  fadiga, fraqueza e dor muscular em crianças e em adultos, em situações de deficiência prolongada de vitamina D, podem acarretar algumas doenças ósseas, por mineralização deficiente ou inadequada, como o raquitismo, uma condição que acomete principalmente as crianças que é o amolecimento e enfraquecimento dos ossos recém-formados causando deformidades no músculo esquelético e má formação dos dentes, e a osteomalácia em adultos que são o amolecimento dos ossos, com dor óssea generalizada e deformidades.

Diversas condições clínicas e de hábito e estilo de vidas interferem nos níveis de vitamina D, como por exemplo a obesidade, dietas restritivas, cirurgia bariátrica, doenças renais e hepáticas, sedentarismo, idosos, diabetes entre outras. 

Sintomas de excesso de vitamina D

Os sintomas associados ao excesso de vitamina D são anorexia, perda de peso, sonolência, cefaleia, náuseas, distúrbios gastrointestinais, arritmia cardíaca, calcificação dos vasos sanguíneos e tecidos.

Como fazer suplementação de vitamina D?

Os suplementos de vitamina D podem ser usados quando os níveis da vitamina D no sangue estão abaixo dos níveis normais, através de cápsulas ou comprimidos de  vitamina D3 (colecalciferol).

Vitamina D: o que é, para que serve e principais fontes e alimentos | Blog Nutrify

Conclusão

As fontes alimentares em geral não conseguem suprir as necessidades diárias de vitamina D, associado ao hábito da não exposição a raios solares diariamente configuram um dos distúrbios nutricionais mais prevalentes em todo o mundo, estima-se que metade da população global apresenta algum nível de insuficiência ou deficiência de vitamina D, portanto, é importante a alimentação saudável e balanceada com alimentos fonte de vitamina D, associados a atividade física em áreas livres, para a manutenção e promoção da saúde e prevenção de doenças.  

REFERÊNCIAS:

COSTA, Andréa Fraga Guimarães; GALISA, Mônica Santiago. Cálculos nutricionais – análise e planejamento dietético. 1. ed São Paulo: Payá, 2018

Institute of Medicine (US) Standing Committee on the Scientific Evaluation of Dietary Reference Intakes. Dietary Reference Intakes for Calcium, Phosphorus, Magnesium, Vitamin D, and Fluoride. Washington (DC): National Academies Press (US); 1997. 7, Vitamin D. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK109831/

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA/ MEDICINA LABORATORIAL E SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA. Intervalos de Referência da Vitamina D – 25(OH)D. 2017. Disponível em: <http://www.sbpc.org.br/wp-content/uploads/2017/12/PosicionamentoOficial_SBPCML_SBEM.pdf –Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – SBEM 

Lichtenstein, Arnaldo et al. Vitamina D: ações extraósseas e uso racional. Revista da Associação Médica Brasileira [online]. 2013, v. 59, n. 5 [Acessado 13 Outubro 2022] , pp. 495-506. Disponível em: <https://doi.org/10.1016/j.ramb.2013.05.002>. Epub 28 Nov 2013. ISSN 1806-9282. https://doi.org/10.1016/j.ramb.2013.05.002.

HARVARD SCHOOL OF PUBLIC HEALTH. The Nutrition Source: vitamin D. Disponível em: https://www.hsph.harvard.edu/nutritionsource/vitamin-d/

Patsy M Brannon, Elizabeth A Yetley, Regan L Bailey, Mary Frances Picciano, Overview of the conference “Vitamin D and Health in the 21st Century: an Update”, The American Journal of Clinical Nutrition, Volume 88, Issue 2, August 2008, Pages 483S–490S, https://doi.org/10.1093/ajcn/88.2.483S

NATIONAL INSTITUTES OF HEALTH. Fact Sheet for Health Professionals: vitamin D. Disponível em: <https://ods.od.nih.gov/factsheets/VitaminD-HealthProfessional/#h7>. 

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Repondo a Vitamina D sem riscos para a pele. Disponível em: <https://sbdrj.org.br/repondo-a-vitamina-d-sem-riscos-para-a-pele/>.

ILSI BRASIL INTERNATIONAL LIFE SCIENCES INSTITUTE DO BRASIL. Peters, Barbara Santarosa, Martini, Ligia Araújo Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes: vitamina D.  2ª edição: 2018. Disponível em: <https://ilsibrasil.org/wp-content/uploads/sites/9/2018/10/Fasc%C3%ADculo-VITAMINA-D-

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress
Rolar para cima