Fatores para uma Longevidade Saudável | Blog Nutrify

Fatores para uma Longevidade Saudável

A longevidade envolve diversos fatores relacionados ao estilo de vida do indivíduo, fato que reflete no aumento populacional de idosos em todo o mundo, principalmente no Brasil, onde cerca de 30 milhões representam a população idosa. É primordial compreender a relevância do papel da nutrição e compreender que são necessárias mudanças nas recomendações nutricionais da rotina do idoso para melhorar os hábitos diários.

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De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o envelhecimento é definido como um “processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira  que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio-ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte”1.

O processo de envelhecimento é gerado não apenas através do declínio cognitivo e funcional, desenvolve-se inclusive por expressão gênica, visto que há um aumento de danos genéticos e redução de reparos genômicos2. Condições relacionadas ao envelhecimento aumentam os níveis de marcadores inflamatórios, o qual desencadeiam em processos deletérios relacionados a diversas incapacidades funcionais, metabólicas e até mesmo algumas doenças crônicas3.

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Fatores envolvidos no processo de envelhecimento que inteferem na longevidade

Durante o período do envelhecimento corriqueiramente ocorrem mudanças que envolvem o sistema fisiológico, social e mental. Tais mudanças interferem na saúde, no estilo de vida, na socialização e na nutrição do indivíduo. O processo de envelhecimento não acontece apenas de forma natural e fisiológica, pode ocorrer também por distúrbios metabólicos e neurodegenerativos. Além disso, enfatiza-se que o estresse oxidativo está relacionado com diversas complicações4.

Como principal exemplo, podemos citar a diminuição do consumo alimentar da pessoa idosa que sofre interferência de fatores como: socioeconômicos; redução do paladar; do olfato; falta de apetite; comprometimento na digestão e absorção; capacidade de comprar, preparar e consumir alimentos; falta da dentição ou uso de próteses; ingestão de álcool, tabaco e medicamentos. Essa realidade engendra problemas emocionais, físicos e de socialização, que impactam diretamente na alimentação, consequentemente na absorção de nutrientes5.

Estudos realizados com idosos acima de 100 anos revelam que os hábitos alimentares saudáveis foram fundamentais para alcançar a longevidade6.

A alimentação para a pessoa idosa segue os mesmos princípios das recomendações nutricionais para a população adulta, contudo, é essencial atentar-se quantitativamente e qualitativamente, em virtude do descréscimo da atividade física e do metabolismo. A adoção de estratégias que buscam atingir a ingestão de nutrientes dentro das recomendações necessárias, visando a prevenção das DCNTs e melhoria da qualidade de vida ao envelhecer7.

Considerações finais

A longevidade envolve fatores relacionados ao estilo de vida, fato que reflete no aumento populacional de idosos mundialmente. É primordial compreender a relevância do papel da nutrição e compreender que são necessárias mudanças nas recomendações nutricionais da rotina do idoso para melhorar os hábitos diários. Além disso, é essencial reconhecer o papel da prática física, até mesmo naquelas modalidades de menor impacto como na hidroginástica.

Dessa forma, faz-se necessário manter o estado nutricional do idoso no padrão de eutrofia, visando minimizar os danos, naturais ou não, causados pelo processo de envelhecimento, bem como promover estratégias de melhorias em aspectos globais que abrangem a qualidade de vida.

Referências bibliográficas

  1. ORGANIZACION PANAMERICANA DE LA SAUD (OPAS). Guia Clínica Para Atention primaria a las personas mayores. v. 3, n. Whashington, 2003.
  2. GAVA, A. A.; ZANONI, J. N. ENVELHECIMENTO CELULAR. Arq. Ciênc. Saúde Unipar. [s.l: s.n.]. Disponível em: <http://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/viewFile/218/192>. Acesso em: 4 out. 2018.
  3. PENNINX, B. W. J. H. et al. Inflammatory Markers and Incident Mobility Limitation in the Elderly. Journal of the American Geriatrics Society, v. 52, n. 7, p. 1105–1113, 1 jul. 2004.
  4. BAIERLE, M. et al. Relationship between Inflammation and Oxidative Stress and Cognitive Decline in the Institutionalized Elderly. Oxidative Medicine and Cellular Longevity, v. 2015, p. 1–12, 19 mar. 2015.
  5. SHILS, M. E. et al. Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. In: MANOLE (Ed.). . 2. ed. Barueri SP: [s.n.]. p. 2222.
  6. BUSNELLO, F. . Aspectos nutricionais no processo de envelheciemento. São Paulo: [s.n.].
  7. BRASIL. Alimentação Saudável para a pessoa idosa: um manual para profissionais de saúde. p. 36, 2009.

Gabriela Motta

@nutrigabrielamotta

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