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Lixo eletrônico. A tecnologia deixa rastros, como reduzi-los?

Cada vez mais, trocamos nossos eletrônicos em menos tempo. Mas os aparelhos que jogamos fora não desaparecem como mágica e representam um problema ambiental e de saúde. Saiba mais.

Pense rápido, do seu primeiro celular até o atual, quantos aparelhos passaram pela sua mão? Mesmo que você não faça o tipo aficionado pelas últimas novidades tech, provavelmente, vários… Agora, outra pergunta: você sabe qual foi o destino dos aparelhos dos quais se desfez ao longo do tempo?

É provável que estejam até hoje engrossando as montanhas de lixo eletrônico, que aumentam em velocidade assustadora.

O lixo eletrônico, ou e-lixo, já há tempos se tornou um grande problema ambiental e também de saúde pública. Isso porque na fabricação de aparelhos eletrônicos são utilizadas uma série de substâncias potencialmente tóxicas para o solo, a água e a saúde humana: chumbo, cádmio, furanos, mercúrio, berílio, arsênico, entre outras. Quando os aparelhos eletrônicos vão parar em lixões de descarte, esses químicos facilmente contaminam a área, colocando em risco o meio ambiente e as populações locais.

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O que entra na conta do e-lixo?

Embora sejam o maior símbolo de obsolescência rápida atualmente, os celulares não são os únicos vilões da história. Na conta do e-lixo entram todos os aparelhos com componentes eletrônicos que fazem parte do nosso dia a dia, como micro-ondas, câmeras, geladeiras, máquinas de lavar, monitores de TV, consoles de games…

Cada vez mais as pessoas trocam seus aparelhos com menos tempo de uso, seja porque eles realmente deixam de funcionar, seja porque começam a parecer peças de museu perto daqueles lançamentos in-crí-veis que não param de nos impactar em campanhas maciças.

Mesmo com aparelhos funcionando bem, ou com problemas passíveis de conserto, acaba “compensando” mais comprar um novo, pagando em suaves prestações. Mas os reflexos dessa decisão vão muito além das portas da nossa casa. Afinal, o aparelho que a gente aposenta não desaparece num passe de mágica. Ter consciência do ciclo completo dos produtos é importante para fazermos escolhas mais conscientes de consumo e de descarte, quando necessário.

Só em 2016, 44.7 milhões de toneladas métricas de lixo eletrônico foram produzidas no mundo todo. Para deixar esse número mais palpável, isso equivale a quase 4.500 Torres Eiffel.

Apenas 20% desse total foi corretamente coletado com destino a reciclagem, o restante 80%  acabou tendo um destino inadequado.

Lixo eletrônico: quem mais produz e quem mais sofre os impactos.

Estudo da Global E-Waste Monitor de 2017 mostra que o Brasil lidera a produção de e-lixo na América Latina com 1,5 tonelada. No ranking global, o país ocupa a 7ª posição em números absolutos, atrás de China, EUA, Japão, Índia, Alemanha e UK, respectivamente. Já no cálculo per capta, a Europa lidera a produção anual com média de 16 kg por habitante.

Ironicamente, as regiões que mais produzem acabam não sendo as mais impactadas pelas consequências. Cerca de 70% de todo o lixo eletrônico gerado viaja entre continentes para ser descartado em países mais pobres, como Nigéria, Costa do Marfim e Gana. Este último ganhou, inclusive, o triste apelido de “cemitério de eletrônicos”. Um título carregado de efeitos perversos, como a contaminação de ovos com níveis perigosos de dioxinas e bifenilas policloradas (PCBs). Esse “tour tóxico” do lixo eletrônico, em tese, é proibido por normas internacionais, mas acaba acontecendo por meio de brechas legais. Por exemplo, muito do lixo viaja em containers identificados como “material de segunda mão” ou “doação para caridade”.

Que tal substituir o e-lixo pela e-consciência? Confira nossas dicas!

  • A primeira, repense seu consumo (repetida, mas sempre válida). Será mesmo que você precisa trocar de telefone, TV ou fones de ouvido sempre que o fabricante anuncia um novo modelo? Reflita se o último lançamento vai transformar tanto assim sua experiência de uso.
  • ·  Considere concertar aparelhos seminovos que você já possui. Às vezes bastaria trocar uma peça para você manter seu micro-ondas ou geladeira funcionando por mais um bom tempo. Além de contribuir com o meio ambiente, você pode aliviar seu bolso e ainda ajudar pequenos negócios ou prestadores de serviço.
  • Repasse aparelhos em bom estado para outras pessoas. Se você optou mesmo por comprar uma TV nova, mas a sua ainda funciona, considere doar seu aparelho antigo para um amigo, familiar ou mesmo uma instituição de sua confiança.
  • ·      Se o descarte for inevitável, faça da maneira correta. Entre em contato com o fabricante do seu aparelho e informe-se sobre suas políticas de logística reversa. A Lei 13.756, que faz parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída em 2010, determina que eles disponham de recursos para orientar os consumidores e facilitar o descarte adequado dos aparelhos.

·       Consulte os locais de descarte adequado mais próximos de você. Isso pode ser feito rapidamente pela internet mesmo. Basta escolher o tipo de eletrônico que deseja descartar e digitar seu CEP aqui.

Fontes:

https://www.tecmundo.com.br/mercado/153435-lado-sujo-digital-saiba-onde-pc-velho-parar.htm

https://www.techtudo.com.br/noticias/2018/09/o-que-e-lixo-eletronico-veja-dicas-de-descarte-e-reciclagem-no-brasil.ghtml

https://www.techtudo.com.br/noticias/2018/09/brasil-e-o-lider-de-producao-de-lixo-eletronico-na-america-latina.ghtml

https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160109_lixao_eletronicos_ab

https://www.vgresiduos.com.br/blog/como-descartar-lixo-eletronico-para-evitar-impactos-ambientais/

https://www.techtudo.com.br/noticias/2018/09/o-que-e-lixo-eletronico-veja-dicas-de-descarte-e-reciclagem-no-brasil.ghtml

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