A ginástica (ou exercício) funcional tem ganhado adeptos em todo o mundo pelas mais variadas razões. Um dos destaques dessa prática é que ela trabalha o corpo de forma integral, contemplando numa mesma aula diversos grupos musculares e capacidades físicas (força, cardiorrespiratória, flexibilidade etc.), o que pode trazer amplos benefícios para a saúde e qualidade de vida. Neste post vamos falar sobre o que é ginástica funcional, suas principais vantagens, destacar alguns exercícios que fazem parte dessa atividade e dar orientações para quem quer praticá-la.
Leia até o final e fique por dentro dos tópicos mais relevantes sobre o tema. Quem sabe você não se anima a praticar?
O que é ginástica funcional?
Trata-se de uma modalidade de exercício físico desenvolvida para melhorar o desempenho e o conforto na realização de atividades cotidianas, reproduzindo movimentos naturais do corpo humano em um contexto diferente, com maior grau de amplitude ou dificuldade, por exemplo. Para isso, ela pode se valer de alguns acessórios e equipamentos, como pesos, elásticos, cordas, caixotes, barras etc. Ao contrário da musculação, a ginástica funcional trabalha diversos grupos musculares ao mesmo tempo, por isso consegue promover ganhos simultâneos de força, resistência, flexibilidade e coordenação.
Quais são os 5 tipos de ginástica funcional?
Apenas para efeitos didáticos, vamos separar cinco formas como exercícios funcionais podem ser aplicados com diferentes objetivos. Na prática, uma aula dessa atividade não precisa ser voltada a apenas um deles, eles podem se complementar.
Ginástica preparatória
Utilizada para preparar o corpo para a realização de outras atividades físicas, como um esporte específico, uma dança… Consiste em exercícios de aquecimento, alongamento e mobilidade articular. Ela pode ajudar a prevenir lesões e contribuir com o desempenho em outras atividades.
Ginástica compensatória
Visa a compensar efeitos negativos de hábitos posturais. Trabalha movimentos de fortalecimento, alongamento (como os alongamentos para a lombar) e correção postural, que melhoram o alinhamento da coluna e equilibram a força corporal.
Ginástica preventiva
Como o nome indica, busca prevenir o surgimento ou o agravamento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, osteoporose etc. Para tanto, mescla diversos tipos de exercícios: aeróbicos, de força, de mobilidade etc.
Ginástica de relaxamento
Esse tipo tem como principal finalidade promover bem-estar físico e mental. Composta por exercícios de respiração e relaxamento muscular, pode favorecer a redução do estresse, ansiedade e insônia, por exemplo.
Ginástica corretiva
Tem como proposta corrigir ou minimizar limitações funcionais provocadas por lesões, doenças ou cirurgias. Essa vertente utiliza exercícios mais terapêuticos, adaptados às necessidades e capacidades de cada pessoa.
Como dissemos, à exceção de algum tipo específico, realizado por recomendação médica – geralmente em clínicas especializadas – as aulas dessa modalidade acabam mesclando todas essas variantes e somando seus benefícios. É sempre importante conversar sobre objetivos, questões de saúde, desconfortos e limitações pessoais com o orientador responsável pela turma de ginástica funcional para que os exercícios possam ser adaptados e realizados de forma segura por todos.
Quais as principais vantagens da ginástica funcional
Graças à sua versatilidade e abrangência, ela pode trazer múltiplos benefícios para a saúde física e mental, além de promover também ganhos estéticos. Muitas pessoas que têm intenção de treinar força, mas não gostam de praticar musculação, sentem-se estimuladas pelo caráter dinâmico da aula. Da mesma forma, costuma atrair pessoas que se motivam realizando atividades em grupo, com mútuo incentivo, o que costuma acontecer nas sessões de ginástica funcional.
Enfim, as vantagens são muitas, mas vamos destacar um pouco mais algumas das principais.
Praticidade
Embora, geralmente, seja praticada em academias ou nos chamados estúdios de treinamento, a ginástica funcional pode ser feita em qualquer lugar, uma vez que exige pouco ou nenhum equipamento específico, dependendo do exercício. Isso facilita sua incorporação na rotina, uma vez que é possível encaixar alguns exercícios no dia a dia mesmo quando se está longe da academia, como nas férias.
Estímulo integral
Como dissemos, os movimentos propostos nas aulas de ginástica funcional envolvem diversos grupos musculares de forma integrada. Isso favorece a coordenação motora e a estabilidade, por exemplo. Além do mais, promove ganhos simultâneos para saúde, bem-estar e até mesmo estética, de acordo com os objetivos de cada pessoa. Com a prática frequente, em um contexto de saudabilidade (como alimentação e sono adequados), é possível notar, ao mesmo tempo, ganho de força, melhora na flexibilidade e na composição corporal, entre outros benefícios.
Redução de dores articulares
A prática orientada da ginástica funcional tende a melhorar desequilíbrios musculares, corrigir posturas e realização inadequada de movimentos. Consequentemente, pode ajudar a aliviar dores diversas, inclusive dores articulares. É muito importante, no entanto, que pessoas com problemas articulares sérios já instaurados busquem orientação médica antes de começar a praticar qualquer tipo de exercício, inclusive os funcionais.
Baixo impacto
Um treino funcional bem orientado é composto por grande variedade de exercícios, que podem ter adaptações e variações de intensidade e dificuldade para se adaptar ao nível de condicionamento de cada aluno. Dessa forma, é possível realizar muitos movimentos com impacto suave nas articulações, de forma segura para pessoas mais velhas ou com lesões pré-existentes.
Adaptabilidade
As adaptações que citamos acima fazem da ginástica funcional uma atividade altamente moldável aos mais diversos perfis de aluno. Os profissionais responsáveis pela orientação da aula podem trabalhar todas as capacidades (cardiorrespiratória, flexibilidade, coordenação, força) com pessoas de diferentes níveis de condicionamento físico, idade e limitações, adaptando os exercícios para cada uma delas.
Emagrecimento
Realizar treinos de ginástica funcional aumenta o metabolismo e o gasto calórico, o que favorece a queima de gordura corporal. Os exercícios também promovem ganho de massa magra, que potencializa esse benefício. Dessa forma, se estiverem associados a uma dieta adequada a esse objetivo, podem promover perda de peso corporal de forma saudável e duradoura.
Aumento de flexibilidade
Como vimos, essa é uma aula muito dinâmica. Os exercícios propõem uma vasto leque de movimentos de extensão e flexão do corpo todo, muito de caráter lúdico e divertido, que ajudam a melhorar a flexibilidade e a amplitude de movimentos. Naturalmente, isso se reflete na realização de diversas tarefas do dia a dia, promovendo mais segurança e conforto.
Quais exercícios fazem parte da ginástica funcional?
Flexões
O movimento básico consiste em apoiar mãos e pés no chão e flexionar os braços até praticamente encostar o peito no solo, mantendo a coluna alinhada. Pode ter variações para aumentar ou diminuir o grau de dificuldade. É comum, por exemplo, que iniciantes apoiem os joelhos no chão em vez dos pés, a amplitude da flexão de braço tende a ser menor no início e aumentar conforme a pessoa ganha força. As flexões trabalham os músculos do peito, dos braços, dos ombros e do abdômen.
Agachamentos
A base do movimento é, em pé, afastar os pés na largura dos quadris e flexionar os joelhos até formar um ângulo de 90 graus, mantendo as costas retas e o olhar no horizonte. A partir daí, o movimento se repete algumas vezes. Existem diversas variações para o agachamento, que costumam fazer parte da ginástica funcional: ele pode ser realizado com pesos, com maior abertura das pernas, em isometria (permanecendo na posição agachada, sem levantar-se, por um tempo maior), entre muitas outras. Os agachamentos trabalham os músculos das pernas, dos glúteos e do abdômen
Saltos
Os saltos básicos consistem em flexionar ligeiramente as pernas, ganhar impulso e saltar de um lado a outro ou para frente e para trás. Novamente, as variações presentes na aulas são muitas: pode-se saltar sobre uma caixa de madeira, sobre um objeto de referência (como uma corda ou um step), pode-se associar o salto a outro movimento etc. Os saltos trabalham, principalmente, os músculos das pernas, dos glúteos e do abdômen.
Barras fixas
É um tipo de exercício que costuma ser proposto a alunos já com algum nível de condicionamento: consiste em segurar uma barra suspensa com as mão afastadas na largura do ombro e puxar o corpo para cima, mantendo os cotovelos próximos ao corpo. O objetivo é passar o queixo pela barra, mas no início o corpo pode subir bem menos. Barras fixas trabalham os músculos das costas, dos braços, dos ombros e do abdômen.
Quem pode fazer a ginástica funcional
Pessoas de todas as idades e níveis de condicionamento físico, a princípio, estão aptas a praticar a ginástica funcional, uma vez que seus exercícios podem ser adaptados para as necessidades de cada praticante. No entanto, assim como ocorre com qualquer exercício físico, sua prática não deve ser iniciada sem uma prévia consulta médica, especialmente no caso de pessoas que possuem condições de saúde mais delicadas.
Desde que bem orientada e praticada de acordo com as recomendações individuais, ela pode trazer uma série de benefícios à qualidade de vida, que valem a pena ser considerados.
Como começar a ginástica funcional
Para obter todos os benefícios da modalidade com segurança, vale tomar algumas precauções:
Procure um profissional habilitado
Todo programa de exercícios deve ser orientado por um profissional habilitado, afinal, estamos falando de saúde! A ginástica funcional deve ser conduzida por profissionais de educação física ou fisioterapeutas (a depender do caso).
Aqueça o corpo
O aquecimento já costuma fazer parte das aulas estruturadas de funcional, mas se for realizar algum exercício em casa, lembre-se de realizá-lo antes do treino principal.
Vá sem pressa
Se você é iniciante, não tenha vergonha de falar ao professor sobre suas dificuldades e limitações para que ele possa fazer as adaptações necessárias dos exercícios. Respeite seus limites, com a prática você notará a evolução e, gradativamente, poderá aumentar a intensidade/dificuldades dos movimentos.
Dê atenção aos sinais do corpo
Não ignore dores ou desconfortos, durante ou depois da aula. A fadiga muscular e o cansaço são esperados, especialmente no início, mas dores, fisgadas, quedas de pressão e outros sinais podem indicar que há algo errado. Se acontecer, interrompa a atividade e busque orientação profissional.
Descanse adequadamente
O descanso adequado entre as sessões de treino é fundamental para a recuperação muscular e prevenção de lesões. Especialmente se você está começando, evite duplicar sessões de treino em um mesmo dia, por exemplo.
Conclusão
Ficou claro que a ginástica funcional é uma atividade capaz de atender a públicos bem diferentes e promover múltiplos benefícios. Trata-se de uma modalidade dinâmica, riquíssima em variedade de exercícios, que envolve diversos grupos musculares simultaneamente e pode ser praticada em muitos locais com poucos (ou mesmo sem nenhum) acessórios específicos.
Como todo atividade esportiva, seus benefícios para a saúde física e mental só podem ser sentidos com a constância da prática e em um contexto geral de hábitos saudáveis, que inclui alimentação equilibrada, sono de qualidade, entre outros. Se você gosta de atividades dinâmicas e de trabalhar o corpo todo em uma mesma sessão de treino, a ginástica funcional pode ser a escolha certa.
Referências:
Uol. Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/03/26/treino-funcional-emagrece-entenda-o-que-e-o-beneficio-dos-exercicios.htm Acesso: agosto de 2023
Tua Saúde. Disponível em: https://www.tuasaude.com/ginastica-funcional/ Acesso: agosto de 2023.
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Oxer Brasil. Disponível em: https://www.oxerbrasil.com.br/blog/quais-sao-os-tipos-de-exercicios-funcionais/ Acesso: agosto de 2023.
CORE Healht and Fitness. Disponível em:https://corehandf.com/8-benefits-of-functional-training/ Acesso: agosto de 2023
