imagem representando algas marinhas submersas na água

Conheça os benefícios do Vegan Omega 3 para a saúde

O ômega 3 são ácidos graxos poliinsaturados e apresenta muitos benefícios para a saúde dos seres humanos e são considerados essenciais.

Isso quer dizer que precisamos ingerir alimentos fonte desse nutriente para obter os benefícios. As fontes alimentares provem de animais como salmão, sardinha, atum, arenque, cavalinha e de algas marinhas. Esses peixes sintetizam os ácidos docosahexaenóico (DHA) e o ácido eicosapentaenóico (EPA), a partir do acido alfa linolênico (LNA) um ômega 3 de origem vegetal, que se encontram no fitoplancton que se alimentam. O LNA também é encontrado na linhaça, mas infelizmente  há hipotese de que EPA e DHA a partir de LNA, não seja muito eficaz para nós humanos.

Suplementação de Ômega 3, DHA e Esteatose Hepática | Blog Nutrify

 

Porque o  EPA e DHA são importantes

O EPA e DHA são tipos importantes de ácidos graxos ômega-3 para o consumo humano, devido aos seus efeitos positivos na saúde e  na prevenção de várias doenças. Os beneficios a saúde com o consumo de alimentos fontes de  EPA e DHA estão associados a prevenção de doenças como hiperlipidemia, diabetes, câncer, inflamação, doenças neurodegenerativas, doenças cardiovasculares e outras.

Ômega 3 de microalgas

É uma fonte excelente de DHA, indicada para pessoas que não desejam consumir ômega 3 de origem animal e que não se habituam aos odores e sabores indesejáveis do óleo de peixe  e para pessoas que buscam fontes mais sustentáveis. A fonte de ômega 3 para esse grupo provem de  microalgas do tipo Schizochytrium SP. As microalgas são consideradas uma fonte muito eficaz para a obtenção de DHA que é muito importante para a saude, além de ser um recurso sustentável e alternativo a Schizochytrium sp. tem como vantagem ser de fácil cultivo, possuir alto teor de DHA, crescimento rápido, composição de ácidos graxos excelentes e de fácil absorção e utilização. Os lipídios encontrados nas microalgas correspondem a 66% sendo 27%  de DHA, essa composição facilita a sua extração de forma limpa e livre de solventes.

As microalgas possuem fontes de outros nutrientes essenciais, como ferro, zinco, vitamina B3, vitamina B6, vitamina C, vitamina E e magnésio, que atuam como cofatores para a síntese de DHA a partir de ALA em nossa corpo. Por esse motivo, as microalgas foram apontadas por 130 academias nacionais de ciência e medicina como um dos alimentos inovadores que podem trazer benefícios para a saúde humana. O seu teor de DHA está associado a prevenção de uma serie de doenças.

Qual importância do consumo do ômega 3

O DHA por exemplo está associado a funções de memoria, conhecimento e aprendizagem. O seu mecanismo de ação inclui modulação da degradação, sintese e ligação ao receptor do neurotrasmissor, efeitos antiinflamatírios, antiapopitotico e aumento da fluidez das membranas celulares. Na gravidez tem sido muito recomendado, e muitos estudos tem sido realizado para avaliar os seus beneficios.  As regiões cerebrais que apresentam uma concentração de DHA são o córtex cerebral, sinapses e fotorreceptores de bastonetes da retina.

O ultimo trimestre da gestação é um periodo considerado de extrema importância e onde o DHA apresenta muitos beneficios quando utilizado neste periodo. Estudos indicam que o feto acumula uma média de aproximadamente 70 mg / dia principalmente de DHA neste período, o cérebro sofre um grande crescimento e dobra de tamanho de cerca de 125 a 375 g. Embora o crescimento e a composição do cérebro continuem a se desenvolver bem no período pós-natal, o último trimestre da gravidez é o período em que o cérebro está crescendo na maior velocidade e sua composição está mudando rapidamente.

Judge et al (2012) teve como objetivo avaliar o efeito do DHA consumido durante a gestação no desenvolvimento neurocomportamental inicial no padrão de sono de bebês nas primeiras 48 horas pós-natal. Puderam observar uma relação interessante na oferta pré-natal de DHA e constataram um impacto benéfico na organização do sono infantil.

Ding et al (2020), observaram o efeito inibitório  no câncer de cólon com o uso do DHA. Outros experimentos têm mostrado que a inclusão de ômega 3 na alimentação de cobaias de laboratório está relacionada com a redução no desenvolvimento de câncer de mama, cólon, próstata e pâncreas e também na eficácia dos tratamentos da quimioterapia.  Esses mecanismos estão associados a baixa produção de moléculas inflamatórias que colaboram com a alteração do sistema imune e favorecem o surgimento de certos tipos de câncer e doenças.

Nas doenças cardiovasculares atuam diminuindo o risco de arritmias cardíacas grandes responsáveis pelos casos de morte subta e também contribuindo com a redução dos quadros de dislipidemias

Keshavarz et al (2018),  teve como objetivo avaliar os efeitos da suplementação de ômega-3 sobre o peso corporal e depressão entre mulheres. Participaram do estudo sessenta e cinco pacientes com comorbidade de depressão e sobrepeso sendo que 45 concluiram o estudo. Com base nos resultados concluiram que a suplementação com  ômega-3 pode ser útil na redução dos sinais de depressão e também no peso corporal em pacientes com comorbidade de depressão e obesidade  mostrando-se eficaz no tratmento dessas comorbidades que tanto afeta a população.

Outro estudo de Trebatická et al(2020) sobre o uso de ômega 3 como suplemento adjuvante na terapia antidepressiva no tratamento de trastorno depressivo em crianças e adolescentes se mostrou eficas no  tratamento contribuindo para uma melhora no quadro e na qualidade de vida dessas crianças e adolescentes.

Conheça as diferenças dos ácidos graxos ômega 6 e 3 e sua relação com a saúde

Os ácidos graxos poliinsaturados ômega 3 e  ômega 6 são essenciais, o nosso corpo não consegue obter é necessário fontes alimentares para adquirimos. Os acido graxos ômega 6 está presente em grande quantidade nos principais  constituintes do regime alimentar moderno como os ovos, carnes e óleos vegetais como de milho, soja e girassol.

Já o ômega 3 é considerado de baixo consumo na alimentação do ocidental atual. Enquanto a relação do ômega 6 e ômega 3 a um tempo atrás era de 1\1 essa relação mudou de 20\1 e esse desequilíbrio em favorecer o ômega 6 em relação ao ômega 3 tem sido associados as repercussões negativas como o favorecimento de doenças cardíacas e câncer.

O ômega 6 é utilizado pelo nosso organismo para produzir moléculas que participam da inflamação, enquanto que o ômega 3 atua na fabricação de moléculas antiinflamatórias. Então pode-se entender que aumentar o aporte de ômega 3 e reduzir o ômega 6 na dieta poderia minimizar de forma significante os riscos de doenças desencadeada por processos inflamatórios.

Quanto ingerir de ômega 3 e como consumir

È muito importante buscar um profissional da saúde para que faça uma avaliação individual e realize a recomendação de ômega 3. Normalmente recomenda-se 2 cápsulas ao dia, podendo essa dosagem variar de acordo com a recomendação do profissional.

Sugere-se incluir a suplementação no almoço ou jantar. Para os praticantes de atividade física pode fazer a ingestão quatro horas antes ou após o exercício.

Existe contra indicação ao consumo de ômega 3

Não deve ser consumido por pessoas que possuem alergia a algum componente do suplemento, é muito importante ler o rotulo dos alimentos e identificar se há algum ingrediente no qual desencadeia a alergia.

Referencias Bibliográficas

Schmid. M.et al.  Southern Australian seaweeds: A promising resource for omega-3 fatty acids. Food Chemistry. V. 265, p.70–77, 2018.

Enhancement of docosahexaenoic acid (DHA) and beta-carotene production in Schizochytrium sp. using symbiotic relationship with Rhodotorula glutinis. Process Biochemistry. v. 75, p.10-15, 2018.

Makrides. MDHA supplementation during the perinatal period and neurodevelopment: Do some babies benefit more than others?v. 88, n. 1, p. 87-90, 2013.

Judge. M. P et al Maternal consumption of a DHA-containing functional food benefits infant sleep patterning: An early neurodevelopmental measure. V. 88, n.7, p. 531-537, 2012.

Yang. J et al. Comprehensive analysis of metabolic alterations in Schizochytrium sp. strains with different DHA content. Journal of Chromatography. V. 1160, 2020.

Ding et al.Synergistic antitumor activity of DHA and JQ1 in colorectal carcinoma.European Journal of pharmacology.  v. 885, n. 15, 2020.

Charles. C. N et al. Microalgae: An alternative natural source of bioavailable omega-3 DHA for promotion of mental health in East Africa. cientific African. v 6, 2019.

Keshavarz. S. A et al Omega-3 supplementation effects on body weight and depressionamong dieter women with co-morbidity of depression and obesitycompared with the placebo: A randomized clinical trial. Clinical Nutrition v. 25, p. 35-43, 2018.

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