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Benefícios do tratamento alternativo na fase do climatério

A vida da mulher é marcada por alterações corporais e hormonais, influenciando diretamente na sua forma de pensar, agir e ser. Dentre as transições ocorridas ao longo de sua vida, o climatério é o período vivido por muitas como uma fase de sofrimento, devido a alterações como ondas de calor, transpiração, tonturas, palpitações; depressão ou irritabilidade; alterações nos órgãos e apetite sexuais, aumento da gordura e porosidade dos ossos entre outros. Para minimizar os distúrbios, a medicina tradicional oferece medicamentos que diminuem os sintomas, no entanto, alguns efeitos colaterais podem ser desencadeados, resultando em abandono do tratamento logo no início.

É comum observar as mulheres que fazem acompanhamento médico periódico, ao chegarem no período do climatério, iniciam a chamada terapia hormonal da menopausa, na qual passam a ingerir medicamentos compostos de estrogênio para a reposição hormonal e garantir assim a minimização dos sintomas causados pelo hipoestrogenismo1.

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Tratamento alternativo

Devido aos riscos à saúde que o uso de medicamentos causa em algumas mulheres, além da dificuldade de encontrar os medicamentos em algumas regiões, novas terapias estão sendo indicadas e utilizadas pelas mulheres para diminuir os efeitos causados pela menopausa. A Portaria n° 971 de 2006 do Ministério da Saúde2, aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde, incluindo métodos alternativos de tratamentos, além dos fármacos medicamentosos.

Com os resultados positivos publicados por estudos realizados, existe uma crescente procura por medicamentos naturais ou fitoterápicos, que em algumas pacientes inibem quase por completo os distúrbios sentidos3.

Denominadas fitoestrogênio, as plantas que possuem efeito do estrogênio em sua composição têm a função de agir na membrana plasmática e estimulam os receptores a trabalhar como se existisse o estrogênio original4.

Os resultados do uso de isoflavonas para a redução dos fogachos em mulheres na pós-menopausa foram significativos, além de relatar um aumento da concentração de sérica 17-β-estradiol e diminuição no colesterol. Acredita-se que o uso das isoflavonas presentes na soja, quando consumidas em níveis recomendados, pode prevenir a perda óssea e a hipertensão, além de auxiliar na prevenção de tipos de câncer1.

Os componentes existentes na Cimicifuga racemosa fazem com que os níveis de estrogênio pareçam regulares, realizando assim a regularização hormonal e moderação dos sintomas causados pela falta dele5

Ao analisar 84 mulheres com idade média de 51 anos, Schiavo e colaboradores (2015)6, verificaram que o uso de plantas medicinais como Morus alba L. (Amoreira branca) e Calendula officinalis L. (Calêndula), resultou em uma redução nos calores sentidos e outros sintomas.

Além dos tratamentos realizados com plantas, alternativas podem ser adotadas por mulheres que procuram uma melhora na qualidade de vida. Uma delas é a adoção da atividade física. Embora não existam muitos estudos que comprovem sua eficácia, existem relatos que a atividade física pode reduzir em até 50% as ondas de calor, além de contribuir no fortalecimento da massa muscular reduzindo os níveis de quebradura por osteoporose e prevenindo sintomas psicossociais e distúrbios do sono7.

Existe uma gama enorme de alimentos que se consumidos corretamente auxiliam nos sintomas do climatério, além prevenir doenças e possibilitar uma melhora na qualidade de vida dessas mulheres.

Tabela 1 – Nutrientes essenciais e alimentos que os contém.

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Considerações finais

Os sintomas desenvolvidos e apresentados no climatério, estão geralmente relacionados à deficiência hormonal, particularmente do estrógeno e progesterona. O acompanhamento com uma equipe multidisciplinar é essencial para o sucesso do tratamento dos sintomas, visto que há grande relevância dos tratamentos alternativos para tal.

Referências bibliográficas

  1.           PINTO, R. M, FERNANDES, E. S., PETERS, V. M. GERRA, M. O. Menopausa: tratamento hormonal e fitoterapia. Revista Interdisciplinar de Estudos Experimentais, v. 1, n. 2, p. 32 – 37, 2010.
  2.           MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Atenção à Mulher no Climatério / Menopausa. Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. 1.ª edição 1.ª reimpressão. Brasília – DF, 2008.
  3.           ZANETTE, V. C., ROSSATOM A. E., ZANETTE, V. C. BERNARSI, F. B. C. Prevalência do uso da fitoterapia para alívio de sintomas apresentados em pacientes climatéricas. Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 40, no . 1, de 2011
  4.           GUIDONI, C. FIGUEIREDO, F, SILVA, A. Plantas contendo isoflavonas no tratamento da síndrome da menopausa e nos distúrbios do climatério. Natureza on line 5(1): 25-29. [on line] http://www.naturezaonline.com.br, 2007
  5.           SILVA, A.G. BRANDÃO, A.B., CACCIARI, R.S., SOARES, W.H. .Avanços na elucidação dos mecanismos de ação de (L.) Nutt. Cimicifuga racemosanos sintomas do climatério. Revista brasileira de plantas medicinais, v. 11, n. 4, 2009.
  6.           SCHIAVO M, COLET CF, CAVALHEIRO CAN, MOLIN GTD, CAVINATTO AD, SCHWAMBACH MKP, OLIVEIRA, KO. Avaliação do uso de plantas medicinais por mulheres residentes em Ijuí/RS. Revista Brasileira de Medicina na Família, 2015.
  7.           BARRA A.A; ALBERGARIA D.A; MARIANO F.M; DANTAS J.B; PINTO K.M.C; RESENDE N.M. Terapias alternativas no climatério. FEMINA, vol 42, nº 1.  Jan/Fev 2014.

Lisa Afonso

@dra.lisaafonso

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