5 passos e um bom papo sobre consumo consciente | Blog Nutrify

5 passos e um bom papo sobre consumo consciente

Tudo que a gente compra (ou deixa de comprar) tem impactos que vão muito além do momento. Estar atento a eles é o primeiro passo para um consumo mais consciente.

A expressão consumo consciente ganha cada vez mais espaço na mídia, nas redes sociais, na comunicação das marcas, nas escolas, no trabalho. E não é à toa: em tempos de emergência climática e crises globais, o incentivo ao uso racional dos recursos, naturais e financeiros, faz todo sentido.

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Afinal, o que é esse tal consumo consciente?

Basicamente, é conseguir fazer relações mais amplas entre aquilo que consumimos, ou deixamos de consumir, e o mundo que nos cerca. É ter noção dos impactos ambientais e sociais de nossas escolhas e assumir parte da responsabilidade por eles.

Dizemos “parte” da responsabilidade poque decisões de compra são influenciadas diretamente pelo contexto social, econômico e cultural de cada indivíduo e, evidentemente, pelas opções que estiverem de fato disponíveis e acessíveis a ele.

Podemos dizer que o verdadeiro consumo consciente é parte de uma construção coletiva, que precisa envolver consumidores, empresas e toda a sociedade na busca por modelos mais sustentáveis de produção e circulação de bens e serviços, tanto do ponto de vista ambiental quanto social.

Dito isso, vale lembrar que, quanto mais temos condições de escolher, maior se torna nossa responsabilidade de “fazer a coisa certa”.

Como ser um consumidor mais consciente?

O impacto das pequenas atitudes não deve ser desconsiderado, além de ter consequências práticas no seu dia a dia (da redução do lixo gerado em casa à economia financeira), elas são responsáveis por gerar ondas de mercado importantes, que levam empresas a reavaliarem seus produtos e modelos de negócio.

Há quem pense que para ser um consumidor consciente é preciso mudar radicalmente seu estilo de vida e, como isso é muito difícil, melhor nem começar! Mas não tem que ser assim: em qualquer rotina cabem ajustes de impacto positivo sem grandes revoluções no dia a dia.

No entanto, se hoje falar de sustentabilidade é uma emergência, é porque grande parte da população mundial foi levada a crer que conforto e conveniência absolutas, 100% do tempo, não teriam qualquer consequência. Bem, poluição do solo, montanhas de lixo nos mares, aquecimento global, escassez de alimentos etc., estão aí para mostrar que a conta está chegando.

Podemos dizer que a jornada do consumo consciente pode começar sem transformações radicais, mas com disposição para fazer algumas concessões imediatas em nome de um futuro mais saudável, feliz e sustentável, para todo mundo.

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5 HÁBITOS QUE PODEM TE INSPIRAR NA JORNADA DO CONSUMO CONSCIENTE

  • Repense seu guarda-roupa – Por trás do glamour, a indústria da moda esconde uma realidade nada bonita: está entre as mais poluentes e que mais se beneficiam de trabalho análogo à escravidão no mundo (2018 Global Slavery Index Report). Mas é possível arrasar no estilo sem financiar essa realidade!  A primeira dica é: compre menos e melhor, invista em peças duráveis e atemporais, que tenham a ver com seu estilo pessoal e não com tendências passageiras. A roupa mais sustentável é aquela que já existe, então cuide com carinho das peças que você tem. Reforme, troque, revenda, doe… faça o ciclo da roupa ser o mais longo possível. Na hora de comprar, procure apoiar marcas transparentes em relação às suas práticas de sustentabilidade e trabalhistas. Relatórios como o Índice de Transparência Moda Brasil podem te ajudar com isso.
  • Experimente a segunda sem carne e inclua mais alimentos à base de plantas na dieta ­– A pegada ambiental da produção da carne, especialmente a vermelha, é altíssima. O movimento mundial Segunda sem Carne incentiva as pessoas a tirarem do cardápio alimentos de origem animal apenas às segundas-feiras. Ao adotar um cardápio sem carne por apenas 1 dia na semana, os indivíduos, mesmo que não tenham qualquer intenção de se tornar vegetarianos, podem gerar um grande impacto (novamente, pense que são bilhões de pessoas neste mundão). Felizmente, além fantástica variedade de vegetais com que podemos criar pratos deliciosos, no universo dos lanchinhos, suplementos e guloseimas existem cada vez mais alternativas deliciosas sem ingredientes de origem animal.
  • Priorize os reutilizáveis na cozinha – Busque alternativas mais duradouras para utensílios de uso contínuo. Você pode, por exemplo, trocar o coador de café descartável por opções de cerâmica, inox ou tecido. Imagine, se você passa apenas 1 cafezinho por dia, serão mais de 300 coadores que deixarão de ir para o lixo em um ano. Multiplique isso por milhões de pessoas…
  • Caminhe e compre local – Talvez uma das dicas mais elementares, mas que às vezes a gente esquece: deixar o carro em casa ajuda a reduzir sua pegada de carbono e melhorar a qualidade do ar. Comprar produtos que viajaram menos para chegar até você também. Ir caminhando até o hortifrúti familiar do bairro e comprar frutas e verduras da estação é tipo um “bingo” de atitudes sustentáveis que você pode fazer fácil, fácil.
  • Incentive iniciativas de impacto ­– Sempre que for comprar um produto ou contratar um serviço não emergencial, pesquise se alguma empresa ou iniciativa de impacto social pode fornecê-lo a você. Assim, além de ter sua demanda atendida, você usa seu cartão de crédito para financiar projetos importantes de inclusão social, preservação ambiental, diversidade e inclusão e muito mais.

No consumo consciente, feito também é melhor que perfeito

Muitas vezes, no desejo de fazer tudo perfeito, nos pressionamos tanto que o resultado é o contrário do esperado: tentamos fazer tudo de uma vez, não damos conta e desistimos.

É difícil sim, da noite para o dia, ser lixo zero, carbono neutro, expert em upcycling… Dê um passo de cada vez, mas com consistência e propósito. Haverá dias em que a compra por impulso vai acontecer, o cansaço não vai te deixar separar o lixo, você vai furar a segunda sem carne… Não se culpe, apenas recomece. Quando a gente se compromete de fato com a mudança, os hábitos tendem a ser tornar cada vez mais orgânicos.

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Referências:

https://www.psicologoeterapia.com.br/blog/dicas-para-estabelecer-metas-realistas-e-alcancar-objetivos/

https://www.sierraclub.org/sierra/2020-6-november-december/taste-test/smart-ways-greenify-your-closet

https://www.ecycle.com.br/1517-coador-de-cafe-inox.html

https://www.hometeka.com.br/inspire-se/11-maneiras-da-sua-casa-ser-sustentavel/

https://invexo.com.br/blog/apartamento-sustentavel/

https://autossustentavel.com/2017/12/dicas-guarda-roupa-sustentavel.html?m=0

https://vivagreen.com.br/darkgreen/moda-5o-industria-mais-poluente-do-mundo-igual-pecuaria/

https://www.nylon.com/articles/fashion-industry-modern-slavery

https://summitmobilidade.estadao.com.br/guia-do-transporte-urbano/como-planejar-a-cidade-para-pessoas-e-nao-para-carros/

Como a carne virou ‘vilã’ em mudança climática e entrou na mira da COP26 – BBC News Brasil

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