Disbiose intestinal e suas implicações

Disbiose intestinal e suas implicações

O intestino tem sido objeto dos mais diversos estudos ao redor do mundo, por estar intimamente ligado à saúde humana. Ele não apenas desempenha funções digestivas como também é responsável pela secreção de importantes substâncias: enzimas, imunoglobulinas e neurotransmissores (90% da serotonina e 50% da dopamina), por isso, alguns pesquisadores costumam chamá-lo de “segundo cérebro”, relacionando-o a quadros de depressão, ansiedade, compulsão e outros transtornos psíquicos.

Banner Institucional Nutrify | Blog

Os atuais hábitos alimentares da sociedade, que incluem alta ingestão de açúcares, frituras e aditivos, além de outros fatores, como estilo de vida pouco saudável e estresse excessivo, provocam danos à saúde do intestino. As consequências são aumento da permeabilidade da mucosa e desequilíbrio da microbiota, que originam a disbiose intestinal.

A disbiose é um distúrbio que pode provocar desconforto e inchaço abdominal, diarreia, constipação, obesidade, desnutrição, intolerâncias alimentares, doenças inflamatórias no intestino e até enfermidades mais graves, como doenças autoimunes e câncer, devido a alterações do sistema imunológico.

O tratamento inclui a adoção de um estilo de vida saudável, que passa pela mudança de hábitos alimentares. Essa alteração propõe uma redução do consumo de alimentos refinados, ultraprocessados, açúcares, leite (e seus derivados) e aditivos alimentares e, por outro lado, aumento da ingestão de alimentos funcionais, que modulam positivamente a composição e a atividade da microbiota intestinal, como os probióticos, prebióticos e simbióticos.

Os probióticos possuem a capacidade de inibir a colonização intestinal por bactérias patogênicas; os prebióticos reduzem os metabólitos tóxicos, prevenindo diarreia e constipação e os simbióticos prolongam a sobrevivência de bactérias benéficas que promovem o equilíbrio da microbiota intestinal, melhorando o bolo fecal, regenerando a mucosa e reduzindo a incidência de infecções causadas por translocação bacteriana. Alguns estudos apontam uma melhora mais efetiva com o uso conjunto de L-glutamina, aminoácido que favorece a permeabilidade da mucosa intestinal.

Referências:

ALMEIDA, etal. Disbiose intestinal. Rev Bras Nutr Clin, v.24, n.1, p. 58-65, 2009.
PUJOL, A. P. Nutrição aplicada à estética. Editora Rubio, 2011.
MELO, E. A. Efeitos benéficos dos alimentos probióticos e prebióticos. Rev Nutr Bras., v.3, n.3, p.174-9, 2004.
PASCHOAL, V.; NAVES, A.; DA FONSECA, A. B. B. L. Nutrição Clínica Funcional: dos princípios à prática clínica. São Paulo: VP, 2007.
PEREIRA, I. G.; FERRAZ, I. A. R. Suplementação de glutamina no tratamento de doenças associadas à disbiose intestinal. Rev Bras Saúd Func, v. 1, n. 1, p. 46, 2017

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress
Rolar para cima